BID e parceiros impulsionam soluções inovadoras de alto impacto na primeira infância

O Fundo de Inovação para o Desenvolvimento da Primeira Infância (Fundo DPI) apoiou 23 projetos em 10 países da América Latina e do Caribe, beneficiando mais de 700 mil crianças.

WASHINGTON - O Fundo de Inovação para o Desenvolvimento da Primeira Infância (Fundo DPI), uma iniciativa pioneira do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) junto com parceiros estratégicos, melhorou a qualidade de vida de mais de 700.000 crianças após oito anos de execução e um investimento de US$ 10 milhões, além de ter beneficiado 300.000 pais, mães e cuidadores e 5.000 centros de atenção infantil na América Latina e no Caribe.

Os 23 projetos financiados no Brasil, Colômbia, Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Jamaica, México, Panamá e Uruguai exploraram novas formas de promover a assistência à primeira infância, melhorar a qualidade das interações entre crianças e adultos cuidadores e abordar a situação de crianças migrantes.

"Investir no desenvolvimento infantil é uma estratégia altamente rentável e eficaz em termos de custos. Programas de qualidade para crianças vulneráveis de 0 a 5 anos geram um retorno anual de até 14%", disse Ferdinando Regalia, gerente do Setor Social do BID. "Não fazer esses investimentos custa caro para a sociedade, limitando o futuro da educação, economia e saúde do país inteiro", ele concluiu.

Uma das iniciativas mais destacadas do fundo é o programa Reach Up and Learn (RUL) na Jamaica, que, durante a pandemia de COVID-19, acompanhou e fortaleceu habilidades parentais nas residências. Esse programa foi posteriormente adaptado a outros países, entre eles o Brasil, e apresentou resultados positivos para o desenvolvimento cognitivo e de linguagem das crianças. No Uruguai, o fundo apoiou uma intervenção para reduzir o absenteísmo na educação pré-escolar por meio de mensagens para os cuidadores, enquanto na Colômbia foi apoiada a expansão do Semillas de Apego , um programa comunitário para famílias deslocadas.

A necessidade de inovar para ampliar programas de desenvolvimento infantil com ênfase na qualidade levou o BID a unir esforços com organizações de destaque na sociedade civil - Fundação FEMSA, Fundação Van Leer, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Porticus e Open Society Foundations - para criar o Fundo. Essa parceria foi formada com o propósito de financiar, projetar, implementar e avaliar abordagens inovadoras e escaláveis que melhorem a vida de crianças de até 5 anos na região, com um foco nos grupos menos favorecidos em cada país.

Na América Latina e no Caribe, o custo de não atuar na primeira infância equivale a 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) da região. Milhões de crianças na região ainda não têm acesso adequado a serviços essenciais de saúde, nutrição e estimulação precoce. A região destina, em média, apenas 0,34% de seu PIB para educação pré-escolar, o que é muito abaixo da média dos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). O baixo investimento limita o acesso a serviços de qualidade e aprofunda as lacunas sociais.

Além de seus projetos, o Fundo DPI se consolidou como uma plataforma regional de conhecimento, gerando evidências sobre as intervenções mais eficazes e compartilhando recursos e boas práticas por meio da Comunidade de Prática no Desenvolvimento da Primeira Infância e do Hub de Desenvolvimento da Primeira Infância. Esse esforço fortaleceu a colaboração entre governos, sociedade civil, setor privado e academia e estabeleceu as bases para políticas públicas mais efetivas e sustentáveis.

As conquistas do Fundo de Inovação para o Desenvolvimento da Primeira Infância na América Latina e no Caribe refletem o compromisso do Grupo BID de gerar mais impacto e escala, impulsando um crescimento econômico sustentável na América Latina e no Caribe de uma maneira que coloque as pessoas no centro do desenvolvimento.