Federal Government of Brazil

09/18/2025 | Press release | Distributed by Public on 09/18/2025 14:58

Dia Internacional da Igualdade Salarial reforça luta por equidade no mundo do trabalho

O Dia Internacional da Igualdade Salarial, celebrado nesta quinta-feira (18/9), chama a atenção para um dos principais desafios à igualdade de gênero: a persistente diferença de remuneração entre homens e mulheres no mercado de trabalho.

De acordo com o 3º Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios , as mulheres brasileiras recebem, em média, 20,9% a menos que os homens. A situação é ainda mais grave para as mulheres negras, que recebem 52,5% a menos do que um homem não negro. Em um país onde 51,7% das famílias têm as mulheres como responsáveis, essas desigualdades impactam não apenas a vida das trabalhadoras, mas a economia e a sociedade como um todo.

"A igualdade salarial não é concessão, é um direito e uma questão de justiça e de cidadania. O Governo do Brasil está comprometido em garantir esse direito, com políticas e ações que assegurem às mulheres as mesmas oportunidades, reconhecimento e valorização no mundo do trabalho", afirma a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.

Para a secretária nacional de Autonomia Econômica e Política de Cuidados, Rosane Silva, a luta é estratégica. "A igualdade salarial é fundamental para que as mulheres avancem em autonomia econômica e tenham condições reais de decidir sobre suas vidas. É também um pilar para o desenvolvimento do país, porque sem a valorização do trabalho das mulheres não há democracia nem justiça social", destaca a secretária.

Desde 2023, uma série de medidas vêm sendo implementadas para enfrentar as desigualdades no mundo do trabalho. Entre elas, a Lei de Igualdade Salarial (Lei nº 14.611/2023), uma conquista histórica que garante a obrigatoriedade de igualdade salarial entre mulheres e homens na mesma função. A lei prevê fiscalização mais rigorosa, aplicação de multas em casos de descumprimento e a obrigatoriedade de empresas com 100 ou mais empregados(as) publicarem relatórios de transparência salarial e desenvolverem ações de diversidade e inclusão.

Como desdobramento da lei, foi lançado o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens (Decreto nº 11.514/2023), coordenado pelo Ministério das Mulheres e pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que reúne 78 ações organizadas em três eixos: acesso e ampliação da participação das mulheres no trabalho; permanência nas atividades laborais; e ascensão e valorização profissional.

Outro marco é a publicação do Guia para Negociação Coletiva, que auxilia sindicatos e empregadores a usarem os relatórios de transparência para diagnosticar desigualdades, traçar estratégias e monitorar planos de ação, além do curso Mulheres no Mundo do Trabalho, disponível em EaD na Escola Virtual de Governo (EVG).

Além disso, o Governo tem investido em políticas de longo prazo, como o Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, que já conta com 89 empresas em sua 7ª edição; a Política Nacional de Cuidados (Lei nº 15.069/2024), que busca reduzir a sobrecarga de cuidado que recai historicamente sobre as mulheres; e o Programa Asas para o Futuro, voltado à inclusão de jovens mulheres, em especial negras e periféricas, em setores estratégicos da economia.

Agenda 2030

O Dia Internacional da Igualdade Salarial, instituído pela Assembleia Geral da ONU em 2019, reforça compromissos globais como a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, que reconhece a igualdade de gênero como condição essencial para sociedades mais justas e democráticas.

Federal Government of Brazil published this content on September 18, 2025, and is solely responsible for the information contained herein. Distributed via Public Technologies (PUBT), unedited and unaltered, on September 18, 2025 at 20:58 UTC. If you believe the information included in the content is inaccurate or outdated and requires editing or removal, please contact us at [email protected]