09/27/2025 | Press release | Distributed by Public on 09/27/2025 13:09
A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) realizou, neste sábado, 26, uma simulação de escolta de órgãos em parceria com a Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e Brigada Militar, em alusão ao Dia Nacional da Doação de Órgãos.A atividade teve como propósito sensibilizar a população e destacar o trabalho essencial das escoltas, que garantem agilidade e segurança na abertura de caminho para que cada órgão chegue a tempo de salvar vidas.
O percurso começou no portão 8 da Fraport, no Aeroporto Salgado Filho, e seguiu até o Hospital de Clínicas. Durante a simulação, foi demonstrado todo o processo até a sua entrega no destino final. Participaram nove batedores, demonstrando a corrida contra o tempo que faz a diferença entre a espera e a esperança de quem aguarda um transplante.
"Reconhecemos a relevância de assegurar que o órgão transportado seja entregue com a máxima celeridade, e a EPTC atua como facilitadora desse processo, que atualmente é realizado em aproximadamente 12 minutos, tempo significativamente inferior ao que seria demandado em condições habituais", ressalta o diretor presidente da EPTC, Pedro Bisch Neto.
De janeiro a agosto de 2025, a EPTC já realizou 27 escoltas, número que se aproxima do total registrado em todo o ano anterior. Desde 2017, a empresa mantém parceria com a Central de Transplantes do Estado. Além da EPTC, a Brigada Militar também participa dessas operações.
Entre janeiro e setembro de 2025, foram realizados 512 transplantes de órgãos no Rio Grande do Sul. Os rins (377) e os fígados (90) foram os tipos com maior número de procedimentos, além de 16 transplantes de coração e 29 de pulmão. No mesmo período, ocorreram ainda 998 transplantes de tecidos, incluindo 722 córneas, além de ossos, pele e medula óssea. Santa Casa, Hospital de Clínicas e Instituto de Cardiologia estão entre os principais destinos dos órgãos transportados.
Como funciona - A Central Estadual de Transplantes registra a captação de órgãos a partir de doadores efetivos, possibilitando que muitas vidas sejam salvas. Esse processo tem início com a confirmação da morte encefálica caracterizada pela perda irreversível das funções cerebrais, condição indispensável para a doação. Após essa confirmação, a família é consultada e, mediante autorização, os órgãos podem ser captados e destinados a pacientes que aguardam na fila de transplantes. Ainda assim, muitas oportunidades deixam de se concretizar em razão da recusa familiar, o que reduz o número de procedimentos realizados.
Central de Transplantes - A Central Estadual de Transplantes (CET) é uma divisão do Departamento de Regulação Estadual da Secretaria da Saúde, criada a partir da Lei nº 9.434/1997, que instituiu o Sistema Nacional de Transplantes no Brasil. Desde então, a CET atua dentro dos critérios de normatização e regulação dos procedimentos estabelecidos na área de transplantes.
Gilmar Martins