12/11/2025 | News release | Distributed by Public on 12/11/2025 02:41
No final do 3.º trimestre de 2025, a taxa de penetração do serviço móvel ascendeu a 171,7 por 100 habitantes. Caso se considerem apenas os acessos móveis com utilização efetiva (excluindo M2M), a taxa de penetração em Portugal seria de 125,5. Adicionalmente, caso se excluam também os acessos afetos exclusivamente a serviços de dados e acesso à Internet (cartões associados a PC/tablet/pen/router), a taxa de penetração seria de 120,1 por 100 habitantes.
Quando considerados os acessos móveis comercializados em conjunto com serviços fixos (i.e. em pacotes convergentes), a taxa de penetração foi de 63,7 por 100 habitantes.
O número de acessos móveis habilitados a utilizar serviços móveis totalizou 18,5 milhões. Destes, 13,5 milhões (73,1% do total) foram efetivamente utilizados. Excluindo o número de acessos afetos a PC/tablet/pen/router, o número de acessos móveis ascendeu a 12,9 milhões.
O número de assinantes que efetivamente utilizou o serviço diminuiu 57 mil (-0,4%), em comparação com o final do 3.º trimestre de 2024. A evolução verificada é explicada pela redução dos planos pré-pagos que diminuiu 17,7% face ao período homólogo, representando 22,8% do total de acessos efetivamente utilizados. A adesão aos planos pós-pagos e híbridos aumentou 6,1%.
Quanto à utilização dos serviços móveis, 17,3% dos utilizadores de serviços móveis apenas acedeu aos serviços de voz, enquanto 78,4% acedeu aos serviços de voz e Internet. Cerca de 4,3% dos utilizadores acedeu apenas à Internet, utilizando os acessos através de PC/pen/tablet/router.
No final do 3.º trimestre de 2025, 44,1% dos acessos móveis utilizavam a tecnologia 4G, enquanto 16,7% utilizavam a rede 2G+3G e 39,2% utilizavam a rede 5G (+14,9 p.p. face ao 3.º trimestre de 2024).
Por tipo de utilização, os acessos 2G+3G eram utilizados sobretudo para os serviços de voz (80,5%), enquanto os acessos 4G e 5G eram utilizados sobretudo para voz e acesso à Internet (47,3% e 49,4%, respetivamente).
No mesmo período, os acessos móveis de utilizadores particulares representavam 81,5% do total de acessos ativos, enquanto os acessos de utilizadores empresariais representavam 18,5%.
Adicionalmente, existiam cerca de 3,8 milhões de números móveis portados. Durante este trimestre foram objeto de portabilidade 211,5 mil números móveis, correspondendo a um aumento, face ao trimestre homólogo, de 52,2%.
O tráfego de voz móvel, em minutos, diminuiu 0,6% face ao 3.º trimestre de 2024. O número de minutos de conversação por acesso de voz móvel foi, em média, de 203 por mês, o que representa aproximadamente 7 minutos por dia. Em comparação com o ano anterior, o tráfego médio mensal diminuiu 2 minutos (-0,8%).
A duração média das chamadas foi de 2 minutos e 49 segundos por chamada, menos 5 segundos que em igual período do ano anterior.
O número de utilizadores efetivos do serviço móvel de acesso à Internet fixou-se em 11,2 milhões, mais 3,7% que em igual período do ano anterior. Este valor corresponde a uma taxa de penetração de cerca de 103,8 por 100 habitantes (+2,7 p.p. do que no 3.º trimestre de 2024).
O incremento do número de utilizadores resulta de aumentos do número de utilizadores de Internet no telemóvel (+5,0%). O número de utilizadores do serviço de acesso à Internet através de PC/tablet/pen/router, que representavam 5,2% do total dos utilizadores de Internet móvel, diminuiu 15,4% face ao ano anterior.
Os acessos móveis à Internet de utilizadores particulares representavam 80,8% do total, enquanto a percentagem de utilizadores empresariais se situava nos 19,2%.
O tráfego de acesso à Internet em banda larga móvel (BLM) aumentou 37,2% face ao 3.º trimestre de 2024. O crescimento verificado é explicado pelo aumento do número de utilizadores e, sobretudo, pelo aumento da intensidade de utilização do serviço.
O tráfego médio mensal por utilizador ativo de Internet móvel aumentou 34,5% face ao período homólogo. Cada utilizador de BLM consumiu, em média, 17,7 GB por mês. O tráfego médio mensal gerado por PC/tablet/pen/router atingiu os 42,6 GB (+5,6%).
No final do 3.º trimestre de 2025, contabilizaram-se cerca de 1,3 milhões de acessos móveis ativos afetos a M2M (numeração 9x), um aumento de 6,9% em relação ao período homólogo. Estes acessos representavam 7,1% do total de acessos ativos.
O tráfego de voz em roaming in e roaming out diminuiu face ao ano anterior (-41,7% e -31,4%, respetivamente). Em sentido contrário, destacou-se o aumento do tráfego de Internet (+17,4% no caso do roaming in e +40,1% no caso do roaming out).
O grau de cobertura do tráfego em minutos de roaming in por roaming out foi de 143%. No caso do acesso à Internet, o tráfego em roaming in foi 3,4 vezes superior ao tráfego em roaming out.
A MEO continua a ser o principal prestador com 36,1% dos acessos móveis ativos com utilização efetiva (excluindo M2M), seguida da NOS (31,0%) e a Vodafone (27,8%). Seguem-se o Grupo DIGI/NOWO e a Lycamobile com quotas de 2,9% e 2,1%, respetivamente. Face ao período homólogo, as quotas de acessos móveis da NOS e da Lycamobile aumentaram em 0,7 p.p. e 0,3 p.p., respetivamente, tendo as quotas da MEO e da Vodafone diminuído 1,3 p.p. e 0,7 p.p., respetivamente.
No caso das quotas de subscritores de acesso à Internet em banda móvel, a quota da MEO foi de 34,0%, seguida da NOS (32,4%), da Vodafone (27,8%), do Grupo DIGI / NOWO (3,4%) e da Lycamobile (2,2%). Em comparação com o 3.º trimestre de 2024, a quota da Lycamobile aumentou 0,4 p.p., enquanto as quotas da MEO e da NOS diminuíram 1,7 p.p., 0,1 p.p., respetivamente. A quota da Vodafone permaneceu inalterada.
A NOS deteve a quota mais elevada de tráfego de Internet em banda larga móvel (35,8%), seguida da Vodafone (31,5%), da MEO (27,6%), do Grupo DIGI / NOWO (3,9%) e da Lycamobile (1,3%). Em comparação com ano anterior, a quota da Vodafone, MEO e a NOS diminuíram 1,9 p.p., 1,5 p.p. e 0,9 p.p., respetivamente, enquanto a quota da Lycamobile aumentou 0,9 p.p..
Na sequência do leilão 5G, a ANACOM emitiu no final de 2021 os títulos que consubstanciam os direitos de utilização de frequência (DUF) a seis operadores: Dense Air, Dixarobil (Digi Portugal), MEO, NOS, NOWO e Vodafone.
Entretanto, na sequência da aquisição pela DIGI Portugal, de 100% da Cabonitel, S.A., (a qual, por sua vez, detém 100% da NOWO), a ANACOM aprovou, a 21 de janeiro de 2025, a transmissão dos direitos de utilização do espectro de radiofrequências atribuídos à NOWO Communications, S.A. (NOWO) na faixa dos 3,6 GHz (DUER ANACOM n.º 04/2021), no âmbito do Leilão 5G, para a titularidade da DIGI Portugal (DIGI).
No final do 3.º trimestre de 2025, 39,2% dos utilizadores de serviços móveis e 47,3% dos utilizadores de Internet móvel utilizaram a rede móvel 5G. O número de utilizadores de Internet móvel através de 5G totalizou 5,3 milhões (+60,7% face ao 3.º trimestre de 2024), dos quais, 98,9% com acesso através do telemóvel.
A taxa de penetração de acessos à Internet móvel através de 5G atingiu os 49,1 por 100 habitantes.
Estima-se que, no 3.º trimestre de 2025, o tráfego cursado em redes 5G representou cerca de 22,1% do total de tráfego de dados móveis, atingindo os 8,4 GB mensais por utilizador de Internet móvel 5G.