SEAB - Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná

11/13/2025 | Press release | Distributed by Public on 11/13/2025 10:46

Deral destaca contrastes no agronegócio paranaense e recordes nas exportações de carne suína

Geral Deral destaca contrastes no agronegócio paranaense e recordes nas exportações de carne suína 13/11/2025 - 13:18

Enquanto produtores de leite enfrentam queda nas receitas, os suinocultores comemoram recordes históricos na exportação. São contrastes como esse que o Boletim Conjuntural do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná - Seab, salientou, nesta semana, em relação ao agronegócio paranaense. A análise engloba desde os impactos climáticos recentes nas lavouras até o desempenho positivo de setores como o da carne suína e da cevada, além de destacar a diversidade e a importância econômica da olericultura no Estado.

SOJA

As fortes tempestades registradas no início de novembro provocaram danos expressivos nas principais lavouras de verão, com a soja sendo a mais atingida. O Deral estima que cerca de 270 mil hectares sofreram algum tipo de dano, dos quais 80 mil hectares tiveram prejuízos severos e deverão ser replantados em sua maioria, elevando os custos de produção. Outros 190 mil hectares devem registrar redução na produtividade. As regiões mais afetadas foram Campo Mourão, Londrina e Maringá.

CEVADA

Em contrapartida, a cevada apresenta cenário favorável. A colheita avançou rapidamente, passando de 56% para 83% da área colhida em uma semana, especialmente na região de Entre Rios, em Guarapuava. Mesmo com o excesso de umidade das últimas semanas, a qualidade do produto foi mantida. O Deral destaca ainda que os contratos firmados em valores favoráveis e a boa produtividade devem garantir margens positivas aos produtores. A saca chegou a ser comercializada por até R$ 92,08 em fevereiro, 29% acima dos preços atuais, assegurando alta rentabilidade.

SUÍNOS

O setor de suínos segue em forte expansão. O Paraná exportou em outubro de 2025 o segundo maior volume mensal de carne suína desde o início da série histórica, em 1997. Foram 22,18 mil toneladas, o que representa um crescimento de 7,9% em relação ao mesmo mês de 2024. O recorde permanece sendo o de setembro de 2025, com 25,18 mil toneladas exportadas.

As Filipinas mantiveram-se como principal destino da carne suína paranaense pelo sexto mês consecutivo, com 5,39 mil toneladas adquiridas em outubro - ou seja, alta de 61,6% em relação a 2024. Outros mercados relevantes incluem Hong Kong, Uruguai, Argentina, Singapura, Vietnã, Geórgia, Emirados Árabes Unidos, Costa do Marfim e Angola.
Com o desempenho acumulado, o Paraná já superou o volume total exportado em 2024, estabelecendo novo recorde anual e consolidando sua posição de destaque no comércio internacional do setor.

LEITE

Em contraste com o sucesso da suinocultura, o segmento do leite atravessa um momento de retração. O levantamento de preços do Deral indica que, em outubro, o litro de leite pago ao produtor foi comercializado em média por R$ 2,51 - uma queda de 5,5% em relação a setembro, e de 12,5% em relação ao mesmo período de 2024.
Essa redução elevou a relação de troca para 24,4 litros de leite por saca de milho, ante os 23 litros para um no mês anterior, pressionando a rentabilidade do produtor. A tendência é de nova queda nos preços em novembro.
Para o consumidor, porém, o cenário é outro: o leite longa vida ficou mais barato, acumulando uma redução de 11% nos preços em 12 meses, sendo 4% apenas em outubro.

OLERICULTURA

O boletim também apresenta os resultados revisados da olericultura, setor que reafirma a diversidade produtiva e o dinamismo da agropecuária paranaense. Em 2024, o Valor Bruto da Produção (VBP) atingiu R$ 7,1 bilhões, o que representa 3,8% do total de R$ 188,3 bilhões do agronegócio estadual. Foram 115,8 mil hectares cultivados, com 2,9 milhões de toneladas colhidas, concentradas principalmente nas culturas de batata, tomate e mandioca "in natura", responsáveis por quase metade da produção e da renda.

O Núcleo Regional de Curitiba se mantém como o principal polo, com R$ 2,4 bilhões em VBP, seguido por Guarapuava (R$ 726,6 milhões), Ponta Grossa (R$ 489,1 milhões), Apucarana (R$ 420,3 milhões) e Jacarezinho (R$ 415,6 milhões).
A diversidade é uma das marcas da atividade: em Curitiba, por exemplo, são 48 espécies cultivadas, com destaque para couve-flor, batata, mandioca, alface e brócolis.
Em Guarapuava, a batata responde por 67% da renda regional, enquanto em Ponta Grossa, tomate e batata representam 71,6% do VBP. Já em Apucarana e Jacarezinho, a cenoura, o tomate, o pimentão e o pepino são os principais impulsionadores da produção.

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SEAB - Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná published this content on November 13, 2025, and is solely responsible for the information contained herein. Distributed via Public Technologies (PUBT), unedited and unaltered, on November 13, 2025 at 16:46 UTC. If you believe the information included in the content is inaccurate or outdated and requires editing or removal, please contact us at [email protected]