Federal Government of Brazil

10/24/2025 | Press release | Distributed by Public on 10/24/2025 06:05

Lula diz que Brasil chega à COP 30 como exemplo de liderança na transição energética

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou nesta sexta-feira (24/10), na Indonésia, que o Brasil receberá a COP 30 em Belém com a autoridade de ser um anfitrião que lidera pelo exemplo. Durante coletiva de imprensa, momentos antes de embarcar de Jacarta para visita de Estado e compromissos ligados à Asean na Malásia, Lula ressaltou que o País ostenta uma lista de mensagens claras de protagonismo na questão ambiental e dos efeitos da mudança do clima. E, para o presidente, não há qualquer paradoxo entre essa bandeira e a decisão do Ibama de permitir à Petrobras a pesquisa para avaliar o potencial de petróleo na chamada margem equatorial.

A mensagem que o Brasil quer passar ao mundo é que somos um dos países que mais tem energia renovável no Planeta Terra: 87% da nossa energia elétrica é limpa"

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República

"A mensagem que o Brasil quer passar ao mundo é que somos um dos países que mais tem energia renovável no Planeta Terra: 87% da nossa energia elétrica é limpa. A gasolina brasileira utiliza 30% de etanol, por isso é mais pura que as outras. O nosso óleo diesel tem 20% de biodiesel, por isso é mais puro que os outros", afirmou. "O Brasil está dando uma demonstração de muita competência. Estamos fazendo as coisas que têm que ser feitas corretamente e vamos continuar investindo em energia renovável".

Para o presidente, a trilha natural da Petrobras na transição energética é a de deixar de ser ao longo do tempo uma empresa de exploração de combustíveis fósseis para se transformar numa empresa de energia. Mas, nesse caminho, a exploração dos combustíveis fósseis ainda tem papel a cumprir. "Se estamos reivindicando que a gente proteja as florestas e queremos trabalhar para que a gente possa reduzir o uso de combustível fóssil, uma das formas é a gente utilizar o dinheiro do petróleo para consolidar a transição energética", argumentou o presidente.

"Enquanto o mundo precisar, o Brasil não vai jogar fora uma riqueza que pode melhorar a própria vida do povo brasileiro. Vamos continuar utilizando o dinheiro para que a gente faça cada vez mais e tenhamos condições de o Brasil se ver livre do combustível fóssil", continuou o presidente. "É fácil falar do fim do combustível fóssil, mas é difícil a gente dizer quem é que tem hoje condições de se libertar. Ninguém tem".

A opção consciente, segundo Lula, vem sendo trabalhada de forma responsável e com todos os cuidados ambientais inerentes. "Pegamos autorização para fazer pesquisa na margem equatorial. Entre fazer a pesquisa e ter petróleo, leva um tempo grande, porque precisa de novas licenças, e isso numa empresa que tem expertise. Você não tem histórico da Petrobras ter vazamento de óleo em lugar algum. Possivelmente seja a empresa com mais expertise de prospectar petróleo em águas profundas sem nenhum dano", ressaltou.

FUNDO FLORESTAS TROPICAIS - Na mesma coletiva de imprensa, o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) indicou que um dos resultados concretos da visita de Estado do presidente Lula à Indonésia foi o anúncio do país asiático de contribuir para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre. O TFFF, como é conhecido, será oficialmente lançado pelo Brasil durante a COP 30, e é uma das apostas do país para garantir a preservação das florestas tropicais de maneira sustentável.

INCENTIVO - "Em poucos dias, receberemos em Belém a COP 30. Brasil e Indonésia são países incontornáveis no combate à mudança do clima, tanto pelo papel na transição energética como na conservação das florestas, e o presidente Lula recebeu com grande satisfação o anúncio de que a Indonésia contribuirá para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, um importante incentivo a que todos se unam a essa iniciativa que será anunciada na conferência", ressaltou o ministro.

COMO FUNCIONA - A iniciativa brasileira pretende fortalecer a manutenção das florestas em pé, numa demonstração de que a proteção vale mais que a derrubada. O monitoramento por satélite fará possível identificar se os países estão respeitando a meta de manutenção do desmatamento abaixo de 0,5%. A intenção é que cada país possa receber até 4 dólares por hectare conservado. Os dividendos gerados serão repartidos anualmente entre investidores e países. No total, mais de 70 nações em desenvolvimento com florestas tropicais podem receber os recursos. "Parece modesto, mas estamos falando de um bilhão e cem milhões de hectares de florestas tropicais distribuídos em 73 países em desenvolvimento", afirmou o presidente Lula durante o evento em que o Brasil anunciou o aporte de R$ 1 bilhão ao fundo, no fim de setembro, nos Estados Unidos.

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