PAHO - Pan American Health Organization

09/01/2025 | Press release | Archived content

Com apoio da OPAS, Uruguai e Brasil reforçam cooperação em saúde na fronteira

Rivera, 28 de agosto de 2025 - Durante uma semana de intenso trabalho em Rivera, no Uruguai, e em Santana do Livramento, no Brasil, autoridades nacionais, departamentais e municipais, junto à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), avançaram no fortalecimento das capacidades de vigilância, vacinação e preparação frente a emergências na fronteira entre os dois países.
A iniciativa faz parte do Projeto Fronteiras Saudáveis e Seguras do MERCOSUL, que busca otimizar a resposta sanitária nos pontos de entrada terrestres, garantir coberturas vacinais adequadas e promover o acesso universal à saúde nas zonas fronteiriças.
Um dos principais avanços desta semana foi a implementação do plano de contingência binacional para a resposta a emergências de saúde pública na fronteira Rivera-Santana do Livramento, por meio da realização de um simulado que envolveu a participação de equipes de ambos os países. Esse instrumento permitirá melhorar a coordenação entre os serviços, dar uma resposta mais integrada e coordenada a eventos de saúde pública e reforçar a proteção tanto das equipes de saúde quanto das comunidades de ambos os lados.
"Na fronteira entre Brasil e Uruguai já contamos com um plano de contingência para a resposta em situações de emergência. Esse plano permitirá que as atividades de identificação e vigilância sejam muito mais eficazes, rápidas e de proteção tanto para profissionais de saúde quanto para as comunidades de ambos os lados da fronteira", destacou Caroline Chang, representante da OPAS no Uruguai.
Jornada de vacinação na Praça Internacional
Outro marco da agenda foi a realização de uma jornada intensiva de vacinação, que contou com a participação dos ministros da Saúde do Uruguai e do Brasil. A atividade teve um forte simbolismo político e técnico, reafirmando o compromisso de ambos os governos com a proteção das populações fronteiriças.
"Entre Rivera e Santana do Livramento, realizamos uma jornada de vacinação com a participação de nossos ministros. Foi um momento fundamental, que confirma o compromisso de alcançar altas coberturas na fronteira, algo essencial para avançar na eliminação de doenças", afirmou Elisa Prieto, representante adjunta da OPAS no Brasil.
Relançamento da Comissão Binacional
Paralelamente, as autoridades relançaram a Comissão Binacional Uruguai-Brasil, que terá um papel fundamental na integração em saúde. Esse espaço permitirá fortalecer a vigilância epidemiológica, melhorar o acesso a serviços de saúde de qualidade e oferecer uma resposta coordenada a situações emergentes.
"Junto com os ministros e outras autoridades, relançamos a Comissão Binacional, que será essencial para melhorar a integração, ampliar o acesso a serviços de saúde de qualidade e fortalecer a vigilância e a resposta a emergências. A OPAS celebra este trabalho conjunto no marco do MERCOSUL e de uma cooperação cada vez mais forte", acrescentou Prieto.
"Essa retomada (da Comissão Binacional) é também um ato político em defesa da ciência e contra o negacionismo. Temos clareza de que cada passo dado na saúde das fronteiras é também um passo para o desenvolvimento, para gerar conhecimento, tecnologia e renda, transformando positivamente a vida da nossa gente", ressaltou o ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha.
A ministra da Saúde do Uruguai, Cristina Lustemberg, afirmou que a reativação da Comissão Binacional está sendo realizada "com uma visão clara de garantir a mais alta qualidade de atendimento, com um conceito de saúde como um direito de ambas as partes".
O Projeto Fronteiras Saudáveis e Seguras no MERCOSUL, apoiado pela OPAS, concentra-se em quatro eixos estratégicos: fortalecer a vigilância epidemiológica, garantir a cobertura vacinal nas áreas de fronteira, melhorar as redes de diagnóstico e preparar os países para futuras emergências em saúde, incorporando as lições da pandemia de COVID-19.
"Estamos permanentemente trabalhando no fortalecimento das capacidades em saúde fronteiriça. Esses esforços permitem manter sistemas de alerta ativos, sensibilizar a população sobre a importância de notificar qualquer sintoma e garantir respostas oportunas por parte das autoridades de saúde", ressaltou Chang.
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