Pará reforça políticas públicas e conexão com povos tradicionais em painel sobre bioeconomia na COP 30

Na última sexta-feira (14), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) participou do painel "Caminhos para Políticas Públicas de Bioeconomia Territorial: As experiências concretas", como parte da programação do Pavilhão Pará, na Green Zone da COP30.

O painel apresentou a consolidação de uma série de iniciativas que buscam fortalecer a bioeconomia e valorizar os conhecimentos de povos e comunidades tradicionais no Pará. Na apresentação foram detalhados alguns avanços do projeto Inova SocioBio, o papel da Casa SocioBio e a criação da Escola de Saberes da Floresta.

Representante da Semas, a coordenadora de Bionégocios Jéssica Brilhante destacou que o projeto InovaSociobio tem demonstrado sucesso, capilarizando o conhecimento adquirido. "O Inova SocioBio busca fortalecer negócios comunitários sustentáveis de povos indígenas, quilombolas e agricultores familiares, focando na produção e comercialização de produtos da sociobiodiversidade".

A Casa SocioBio foi apresentada como um elemento fundamental de conexão. "A Casa Sociobio cumpre o papel de levar as políticas públicas de forma efetiva às comunidades, mas também de fazer as necessidades e demandas desses territórios para o Parque da Bioeconomia", destaca a coordenadora.

No painel, também foram apresentadas a Trilha de Capacitação de Servidores, iniciativa que visa internalizar o conhecimento da bioeconomia dentro do Pará, com foco em servidores efetivos para que se aprofundem no que está sendo construído. "O objetivo final do é que esse conhecimento seja replicado para os povos e comunidades tradicionais no território, garantindo um impacto efetivo e duradouro no governo", explica.

A Escola de Saberes da Floresta, que atualmente está em fase de construção conceitual, também foi citada no painel. "O projeto será um espaço de troca entre o conhecimento científico e os saberes tradicionais. O local será um centro para mapear e criar conexões entre os povos da floresta e a academia, dando ideias a novas inovações e o aprofundamento do conhecimento tradicional", finalizou.

Além da representante da Semas, participaram do painel o Coordenador de Sociobioeconomia, Proteção de Territórios, Saberes e Comunidades Tradicionais (SEAF), Josimar Vasconcelos, Antônio Moraes, Liderança CNS, participante do Inovasociobio e Diretor do Fundo Puxirum dos Extrativistas da Amazônia Brasileira, Suze Oliveira, Diretora de inovação E Sustentabilidade (Cesupa), e Andreia Mello, Especialista de Biodiversidade, Funbio.

Texto: Vitor Hugo Ribeiro/ Ascom Semas