Grupo BID lança novas ferramentas para melhorar a gestão de riscos de desastres

Duas soluções tecnológicas - RiskMONITOR e RiskHUB - e uma colaboração com o Google e a Organização Meteorológica Mundial (OMM) buscam fortalecer a resiliência regional

BELÉM, Brasil - O Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (Grupo BID) lançou duas ferramentas na COP30 para ajudar os países da América Latina e do Caribe a avaliar com mais precisão riscos de desastres e custos relacionados.

RiskMONITOR, uma ferramenta desenvolvida pelo Grupo BID, permite representar o risco de desastre, sua gestão e sua evolução ao longo do tempo em todos os países-membros. A ferramenta é baseada em 20 anos de experiência acumulada e usa indicadores específicos para avaliar o nível de preparação, a capacidade de resposta a desastres, a disponibilidade de recursos e o grau de vulnerabilidade de cada país.

RiskHUB é uma plataforma que usa tecnologias emergentes, como inteligência artificial, para projetar os impactos potenciais de desastres e apoia a aplicação dessas tecnologias na resposta a emergências, no planejamento territorial, em projetos de infraestrutura e no desenvolvimento de políticas fiscais. É voltada para especialistas em avaliação de riscos nos setores público e privado.

O RiskMONITOR e o RiskHUB fazem parte do Preparados e Resilientes nas Américas, um programa regional lançado este ano pelo BID para aumentar a resiliência a desastres. A iniciativa tem três pilares: melhorar as informações sobre riscos de desastres, fortalecer os mecanismos de coordenação para uma resposta regional efetiva e implementar instrumentos financeiros inovadores para aumentar a resiliência e proteger contra desastres.

Além do lançamento das duas soluções tecnológicas, o Grupo BID está colaborando com o Google e a Organização Meteorológica Mundial para expandir a adoção na região de duas ferramentas de ponta: o Protocolo de Alerta Comum (Common Alerting Protocol - CAP) e o Flood Hub, uma plataforma do Google para monitoramento de enchentes.

As autoridades podem usar o CAP para compartilhar alertas de segurança críticos simultaneamente em vários canais de comunicação, incluindo sirenes, rádio, televisão, smartphones e internet. O Flood Hub usa inteligência artificial e dados de satélite para fornecer previsões de enchentes com até sete dias de antecedência.

Para lançar essa parceria, o BID trabalhou este ano com o Google em Honduras, um dos países mais propensos a desastres na região, e o país adotou o protocolo CAP e o Flood Hub.