09/09/2025 | Press release | Distributed by Public on 09/09/2025 06:14
O financiamento climático global por bancos multilaterais de desenvolvimento (BMDs) aumentou 10% no último ano, atingindo um recorde de US$ 137 bilhões, com a maior parte direcionada a economias de baixa e média renda. Os BMDs, incluindo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (Grupo BID), anunciaram o aumento em relação ao ano anterior em um relatório publicado hoje.
Além disso, o financiamento privado mobilizado por BMDs para combater o aquecimento global alcançou US$ 134 bilhões em 2024, um aumento de 33% em relação ao ano anterior, de acordo com o novo relatório. Os dados de financiamento climático mais recentes dos BMDs contribuirão para a preparação para a Conferência sobre Mudança do Clima (COP30) em Belém, no Brasil, em novembro de 2025, em que a expansão do financiamento climático será um tema central.
O financiamento climático é fundamental nos esforços dos BMDs para promover o desenvolvimento sustentável no mundo todo. Ao apoiar investimentos em energia renovável, cidades verdes, transporte limpo e segurança hídrica e alimentar, os BMDs ajudam os países a avançar no sentido de suas metas de desenvolvimento sustentável.
Portal digital
Este ano, os BMDs estão avançando em uma iniciativa de digitalização voltada a melhorar a transparência e tornar seus dados conjuntos de financiamento climático mais acessíveis e fáceis de consultar. Eles planejam apresentar o progresso nesse projeto na COP30. Como parte da transição, o Relatório Conjunto dos BMDs sobre Financiamento Climático 2024 está sendo divulgado na forma de um resumo em infográfico, destacando os principais resultados do ano. A partir do quarto trimestre de 2025, dados detalhados estarão disponíveis por meio de uma plataforma interativa online que dará às partes interessadas acesso em tempo real a informações de financiamento climático e lhes permitirá acompanhar o progresso coletivo dos BMDs para alcançar suas metas de financiamento climático.
Economias de baixa e média renda
No ano passado, US$ 85,1 bilhões em financiamento climático dos BMDs foram para economias de baixa e média renda. O financiamento climático nesses países mais do que dobrou ao longo dos últimos cinco anos e teve um aumento de 14% no ano. Desse total, 69% - ou US$ 58,8 bilhões - foram para mitigação da mudança climática e US$ 26,3 bilhões, ou 31% do total, para adaptação à mudança climática. O montante de financiamento privado mobilizado para investimentos climáticos nesses países foi de US$ 33 bilhões.
Economias de alta renda
Em 2024, o financiamento climático dos BMDs para países de alta renda alcançou um total de US$ 51,5 bilhões, dos quais US$ 46,5 bilhões (90%) apoiaram mitigação da mudança climática e US$ 5 bilhões (10%) destinaram-se a adaptação. Além disso, o financiamento privado mobilizado para investimentos climáticos em países de alta renda chegou a US$ 101 bilhões.
Destaque do Grupo BID
Em um movimento claro na direção de fortalecer a resiliência e a adaptação climáticas na América Latina e Caribe, o Grupo BID ampliou seu financiamento voltado a adaptação para US$ 2,2 bilhões - elevando a porcentagem referente a adaptação no total de empréstimos climáticos para 33%.
Financiamento climático dos BMDs
Na COP29 em Baku, os BMDs estabeleceram compromissos financeiros de ajudar os países a alcançar resultados climáticos ambiciosos. Até 2030, comprometeram-se a chegar a US$ 120 bilhões anuais em financiamento climático coletivo para países de baixa e média renda, incluindo US$ 42 bilhões para adaptação e mobilizando mais US$ 65 bilhões por ano do setor privado. Para os países de alta renda, os BMDs projetam atingir US$ 50 bilhões anuais em financiamento climático até 2030, incluindo US$ 7 bilhões para adaptação, ao lado de mais US$ 65 bilhões em financiamento privado mobilizado.
Relatório conjunto dos BMDs sobre financiamento climático
O relatório de financiamento climático 2024 dos bancos multilaterais de desenvolvimento é coordenado e preparado para publicação pelo BEI, com assistência do Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD), e combina dados do Banco Africano de Desenvolvimento (AfDB), do Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB), do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), do Banco de Desenvolvimento do Conselho da Europa (CEB), do BERD, do BEI, do Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (Grupo BID), do Banco Islâmico de Desenvolvimento (IsDB), do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e do Grupo Banco Mundial (WBG).