11/06/2025 | Press release | Distributed by Public on 11/06/2025 14:46
Washington D.C., 6 de novembro de 2025 (OPAS) - No Dia da Malária nas Américas, celebrado nesta quinta-feira (6/11), a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) faz um chamado aos países, líderes locais e parceiros para redobrar os esforços a fim de garantir que todas as pessoas em risco de contrair malária tenham acesso oportuno ao diagnóstico e ao tratamento, especialmente nas comunidades remotas e indígenas, onde a doença continua sendo endêmica.
"Cada caso de malária é prevenível e tratável", afirmou Jarbas Barbosa, diretor da OPAS. "Temos as ferramentas para eliminar a malária, mas isso só será possível se os serviços de saúde e as comunidades trabalharem juntos para que os testes e o tratamento estejam disponíveis para todos, em todos os lugares."
A OPAS destacou os avanços na região, apontando que o Suriname se tornou neste ano o primeiro país da Bacia Amazônica a receber a certificação de eliminação da malária pela Organização Mundial da Saúde (OMS), juntando-se ao Paraguai (2018), Argentina (2019), El Salvador (2021) e Belize (2023). Esses marcos demonstram que a eliminação é possível quando os países mantêm seu compromisso e a ação comunitária, mesmo em contextos complexos.
Outros países também registram progressos importantes: Costa Rica, República Dominicana, Equador, Guiana Francesa e México notificaram o menor número de casos de malária e estão próximos de alcançar a eliminação, enquanto Honduras e Nicarágua reduziram os casos de Plasmodium falciparum em 70% e 52%, respectivamente, aproximando a América Central da eliminação total desse parasita.
Quinze países e um território da região ainda registram áreas com transmissão de malária, sendo Brasil (30%), Colômbia (24%) e Venezuela (19%) responsáveis por cerca de três quartos de todos os casos. A maioria das infecções (88%) ocorre na Bacia Amazônica e na costa do Pacífico, na Colômbia, onde as populações dispersas e o acesso limitado aos serviços de saúde contribuem para a transmissão contínua. Os povos indígenas continuam sendo o grupo mais afetado, representando mais de um terço dos casos notificados e cerca de 30% das mortes.
Em 2024, as Américas registraram mais de 537 mil casos de malária, um aumento de 6% em comparação com 2023 (505 mil casos). Bolívia, Peru, Colômbia, Haiti e Panamá apresentaram aumento na transmissão em 2024 devido a fatores relacionados à migração interna, à mineração de ouro, a fenômenos climáticos como o El Niño e às dificuldades de acesso aos serviços de saúde em áreas remotas ou afetadas por conflitos.
No Dia da Malária nas Américas de 2025, a OPAS reconhece o esforço de milhares de profissionais de saúde e colaboradores comunitários por seu papel fundamental na eliminação da malária. Em muitas áreas rurais e de difícil acesso, a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença só são possíveis graças à dedicação de moradores locais treinados e supervisionados pelos Ministérios da Saúde.
Esses membros da comunidade, que vivem em aldeias remotas, territórios indígenas e zonas de fronteira, constituem a primeira linha de defesa contra a malária e têm contribuído para eliminar barreiras de atendimento ao estabelecer pontos permanentes de diagnóstico e tratamento dentro de suas próprias comunidades.
A OPAS chama todos os países a intensificar os esforços de eliminação da malária por meio de:
A Iniciativa para a Eliminação de Doenças da OPAS apoia esses esforços, com o objetivo de pôr fim à malária - e a mais de 30 doenças transmissíveis e condições relacionadas - nas Américas até 2030.