Governo do Estado do Pará

11/14/2025 | Press release | Distributed by Public on 11/14/2025 19:57

Ideflor-Bio apresenta avanços na reintrodução de ararajubas na Região Metropolitana de Belém

NA COP30
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Ideflor-Bio apresenta avanços na reintrodução de ararajubas na Região Metropolitana de Belém

O projeto, reconhecido internacionalmente, simboliza um dos maiores esforços para recuperar uma espécie emblemática da fauna amazônica em seu habitat natural

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
14/11/2025 22h24
Foto: Bruno Cruz / Ag. Pará
Foto: Bruno Cruz / Ag. Pará
Foto: Bruno Cruz / Ag. Pará
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O Pavilhão Pará, na Green Zone da COP30, recebeu nesta sexta-feira (14) o painel "Reintrodução e Monitoramento de Ararajubas (Guaruba guarouba) no Parque Estadual do Utinga e nas Áreas Protegidas da Região Metropolitana de Belém", apresentado pela equipe da Diretoria de Gestão da Biodiversidade (DGBio), do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio). A iniciativa, reconhecida internacionalmente, simboliza um dos maiores esforços para recuperar uma espécie emblemática da fauna amazônica em seu habitat natural.

A coordenação do painel ficou a cargo da gerente de Biodiversidade do Ideflor-Bio, Mônica Furtado, ao lado dos painelistas Crisomar Lobato, diretor de Gestão da Biodiversidade; Rubens Aquino, analista ambiental do Instituto, e Marcelo Vilarta, biólogo da Fundação Lymington, responsável pelo manejo e cuidados diários das aves. Juntos, eles apresentaram os resultados mais recentes do projeto, que já se tornou referência nacional e internacional em conservação.

Crisomar Lobato destacou o caráter histórico do Programa, lembrando que a ararajuba - espécie símbolo da Amazônia, e do Pará - estava ausente em vida livre da Região Metropolitana de Belém havia mais de 50 anos.

"Esse painel é de grande importância porque apresenta um dos projetos mais bem-sucedidos de monitoramento e reintrodução de ararajubas na região, especialmente no Parque Estadual do Utinga", afirmou o diretor de Gestão da Biodiversidade. Ele explicou ainda que o processo exigiu intenso trabalho de adaptação dos animais. "Vamos soltar primeiro 15. Em seguida, mais 15, para assim completar as 30 ararajubas, em homenagem à COP30", disse Crisomar Lobato.

Importância para a fauna - Mônica Furtado ressaltou que a relevância do projeto ultrapassou fronteiras nesta semana, quando a iniciativa foi incluída entre os 100 projetos reconhecidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). "Para nós, foi uma grande surpresa e uma imensa alegria. Esse reconhecimento internacional reforça a consistência dos resultados obtidos até aqui", informou, destacando o impacto de apresentar o projeto para uma audiência global na COP30. "Muitas pessoas estão conhecendo a ararajuba agora, por meio da divulgação do nosso trabalho. Isso é um marco importantíssimo", acrescentou.

A gerente enfatizou ainda a necessidade de valorizar e proteger a espécie, que é endêmica da Amazônia e tem aproximadamente 80% da população distribuída pelas florestas do Pará. "A COP30 é uma oportunidade de dar visibilidade ao papel simbólico e ecológico da ararajuba. Também defendi a importância de mais de 16 mil hectares de áreas verdes protegidas na Região Metropolitana de Belém - como a Área de Proteção Ambiental (APA) Belém, o Parque Estadual do Utinga, o Refúgio de Vida Silvestre Métropole da Amazônia, em Marituba, e a APA Ilha do Combu - que formam um corredor florestal essencial para a adaptação e o deslocamento dessas aves", explicou.

Cartilha educativa - Um dos momentos mais celebrados do painel foi o lançamento da cartilha educativa "Jubinhas Belenenses", criada para aproximar o público infantil da história de conservação da espécie. O material apresenta, em linguagem lúdica, a trajetória dos sete filhotes nascidos ao longo dos seis anos de execução do projeto, reforçando o papel da educação ambiental como ferramenta de sensibilização social.

A participação da Fundação Lymington, representada pelo biólogo Marcelo Vilarta, também ganhou destaque. Ele explicou detalhes do manejo diário das aves, desde alimentação e condicionamento, até o processo de pré-soltura, que prepara os grupos para a vida em liberdade. Segundo ele, o trabalho de campo tem consolidado protocolos que poderão servir de modelo para outros programas de reintrodução de psitacídeos (papagaios, araras, periquitos, jandaias e outras espécies).

A equipe reforçou o caráter simbólico da próxima etapa do projeto. Na próxima segunda-feira (17), às 7h30, o Governo do Pará, por meio do Ideflor-Bio, fará a soltura de 15 ararajubas, em homenagem à COP30, para reforçar o compromisso do Estado com a conservação da biodiversidade amazônica. A iniciativa é mais um marco na retomada da presença da espécie nas áreas protegidas da Região Metropolitana de Belém - agora, novamente tingidas de amarelo e verde durante os voos das ararajubas.

Governo do Estado do Pará published this content on November 14, 2025, and is solely responsible for the information contained herein. Distributed via Public Technologies (PUBT), unedited and unaltered, on November 15, 2025 at 01:57 UTC. If you believe the information included in the content is inaccurate or outdated and requires editing or removal, please contact us at [email protected]